quinta-feira, 24 de setembro de 2009


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INTRODUÇÃO
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O presente trabalho será desenvolvido com o intuito de fazer um estudo mais detalhado do livro “A Moreninha”, de José Manuel de Macedo. A obra provocou reflexões sobre o verdadeiro
sentido do amor, pois não devemos subestimar, já que estes mudam com o tempo. A mensagem da obra contribuiu para o nosso enriquecimento cultural à medida que houve a aquisição de uma nova experiência de vida e assimilação de valores de uma época. Não houve nenhum problema a não ser o alcoolismo. A obra vivencia um momento histórico particularmente decisivo, onde o triunfo final do amor vai gerar uma grande experiência amorosa.
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Resumo da obra:

Esse livro foi resultado se uma aposta entre dois amigos: Augusto e Filipe, um amigo seu. Acontece que aquele nunca se firmou no amor e por isso fez uma aposta com este: Se Augusto amar de verdade uma mulher até 20 de agosto, por mais de uma quinzena, o mesmo terá que escrever um livro sobre tal acontecimento. Eles foram à festa da avó de Filipe na Baia de Guanabara. Augusto
Conheceu Carolina, A moreninha, que gostou dele pra caramba, mas ambos tentaram evitar essa atração, por causa de voto de amor que fizeram na praia quando eram crianças. Depois de tantas desilusões de desacertos entre ambos, eles descobriram que eram eles que tinham feito aquela promessa de amor.Alegre, Augusto ganhou a aposta,escrevendo essa historia.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

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Biobibliografia :

Não é fácil escrever romances sem uma tradição literároa que possa dar sustentação a uma linguagem ficcional, tema, enredo, formas, enfim, sem uma cultura literária.
Quando Joaquim Manuel de Macedo, aos 23 anos, recém formado em Medicina, decidiu em 1884 publicar A Moreninha, as únicas tradições disponíveis no gênero, em lingua portuguesa eram os romances de Teixeira e Souza e as famosas novelas traduzidas do francês . Não era muito, em termos de literatura no Brasil. Talvez por isso, Macedinho, como era conhecido o autor, considerou seu livro um romance.
Mas era um romance, e com uma caracteristica importantissima: era um dos primeiros no gênero, um pioneiro, portanto.
Claro que, como intelectual embora ainda jovem, tinha influências benéficas da literatura francesa, sobretudo dos folhetins. Como pioneiro do gênero, não se pode esperar deste texto grandes elaborações, sutilezas semânticas ou mesmo originalidade criativa. Havemos de entender o romance A moreninha como um esforço preliminar de se criar uma tradição e uma linguagem.

Trecho retirado do livro para melhor compreendimento, A moreninha, escrito por Macedinho :
"Eis aí vão algumas páginas escritas, ás quais me atrevi dar o nome de romance. Não foi ele movido por nenhuma das três poderosas inspirações que tantas vezes soem aparar os autores: glória , amor e interesse. Deste último estou eu bem a coberto com meus vinte três anos de idade, que não é na juventude que pode ele dirigir o homem; da glória, só se andasse ela caaaída de suas alturas, rojando asas quebradas, me lembraria eu, tão pela terra que rastejo, de tender ir apalhá-la. A respeito do amor não falemos, pois se me estivesse buliçoso a fazer cocegas no coração, bem sabia eu que mais proveitoso me seria gastar meia dúzia de semanas aprendendo numa sala de dança, do que velar trinta noites garatujando o que por aí vai. Este pequeno romance deve sua existência somente aos dias de desenfado e folga que passei pelo Itaboraí, durante as férias do ano passado. Longe do bulício da Corte e quase em ócio , a minha imaginação assentou lá consigo que bom ensejo era esse de fazer travessuras e em resultado delas saiu _ A MORENINHA."
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Personagens :
As personagens mais importantes são Augusto e Carolina. O personagem que mais chama atenção é Augusto que era um estudante de medicina alegre, jovial e inconstante em seus amores. O autor lhe confere complexidade já que no início da história o personagem é descrito de uma forma e no final dela é descrito de outra.
A personagem central é D.Carolina " A moreninha ", menina de quatorze anos, possuía cabelos negros, olhos escuros, era travessa, inteligente, astuta e persistente na obtenção de seus intentos.
Os personagens secundários compõem o quadro social necessário para colocar a história em movimento ou propiciar informações de certos dados essenciais à trama. São eles:
Rafael: Escravo, criado de Augusto .
Tobias: Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe.
Paula: Ama-de-leite de Carolina.
D. Ana: Avó de Filipe, é uma senhora de espírito e alguma instrução.
Filipe: Irmão de Carolina, neto de D. Ana. Amigo de Augusto, Fabrício e Leopoldo.
Fabrício: Amigo de Augusto, também estudante de Medicina. Está apaixonado por Joaninha.
Leopoldo: Amigo de Augusto, Filipe e Fabrício; também estudante de Medicina.
D. Joaninha: Prima de Filipe, namorada de Fabrício.
D. Violante: Meio estabanada, ela quebra a harmonia reinante no ambiente burguês, sem causar transtornos graves.
Keblerc: Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na festa que se desenrola na ilha.

Tempo :
A narrativa e a ação dos personagens se dão em tempo linear , trinta dias. Os eventos narrados desenrolam-se durante os trinta dias pelos quais a aposta era válida. A aposta foi feita em 20 de julho de 1844 uma segunda-feira, e termina no dia do pedido de casamento, 20 de agosto do mesmo ano.
Existe um recuo ao passado (flashback). Quando a história se inicia, Augusto está no quinto ano de Medicina e conquistara, entre os amigos, a fama de incerta. Nos capítulos, o autor conta-nos a origem da instabilidade amorosa do herói. Tudo começara há oito anos, quando Augusto contava 13, e Carolina 7 anos de idade.

Espaço : O tipo de ambiente predominante é físico.

Foco Narrativo :
O narrador, na verdade é Augusto, pois perdeu a aposta feita com Filipe ; mas é narrado na 3ª pessoa, aqui e ali ele se intromete um pouco na história, bancando o moralista.
A importância para a obra e a repercussão no leitor é que a utilização deste tipo de narrador causa o aprofundamento psicológico das personagens, o que não ocorreria se o narrador não fosse assim ou em 1ª pessoa.

Estilo
: Em sua obra, Joaquim Manuel de Macedo descreve com linguagem simples e raro senso de observação os usos e costumes da sociedade carioca de seu tempo, e a vida familiar e privada daquela época : as cenas comuns da rua, os preconceitos sociais, as festas, as conversas de comadre, as pequenas e grandes intrigas, os ciúmes mesquinhos, os namoros até certo ponto ingênuos de estudantes e moças que quase sempre acabavam em casamento feliz.

Movimento literário :
A Moreninha é um dos principais romances brasileiros e seu autor é um dos mais importantes autores da língua portuguesa. Esse livro, é um romance entre Augusto e Carolina, é um dos ouros de nossa literatura. Numa época onde a cultura era totalmente voltada para a Europa, A Moreninha é uma das primeiras e magníficas tentativas de fazer literatura brasileira, observando usos e costumes do Brasil do Segundo Império, retratando o cotidiano da vida brasileira em meados do século passado. Joaquim Manuel de Macedo era médico, mas jamais exerceu a profissão, tendo dedicado sua vida à literatura, à imprensa e ao teatro. A obra retrata as características do movimento literário a que pertence à medida que possui espírito romântico (final feliz), idealismo, culto à natureza, sentimentalismo, linguagem popular e liberdade criadora. Retrata também uma realidade fantasiada presente no autor. E, considerando as variáveis da época, foi um best-seller. Seu maior mérito foi haver contribuído para a formação de um público ledor, isto é, pessoas que começavam a fazer da leitura uma forma de lazer e de informação.
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Conclusão :

Concluimos que o romance gira em torno de sua heroína perfeita e seu herói que luta para ter o amor desta e os obstáculos para sua realização, no caso a promessa infantil. Também são bem representados os costumes do Rio de Janeiro da epoca e a classe dos estudantes, da qual Macedo fazia parte na época da escrita do livro. Enfim nota-se que a obra de Macedo apresenta todo o esquema e desenvolvimento dos romances românticos iniciais . Cheias de tramas fáceis, pequenas intrigas de amor e mistério, final feliz com a vitória do amor.
O romance “A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo, mostra a importância da redescoberta dos valores mais puros, honestos e verdadeiros na alma do ser humano. O tema é a fidelidade e um amor de infância. A obra tem valor para o nosso tempo pois resgata sentimentos como honra, fidelidade e amor , valores que vêm sendo esquecidos na atualidade.
Concluimos que, a obra em si é uma crítica à sociedade e costumes da época diferentes dos dias de hoje, que mostra um outro modo de vida, outros costumes, além de todas essas transformações estarem formadas no passado.
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Colégio Polivalente de Feira de Santana
Componentes :
Mariana Santana.
William Grilo.
Milene do Rosário.
Islane Rodrigues.
Mateo Peralta.
Daniela Soares.
Série : 2º
Turma : 01
Turno : Matutino
Disciplina : Português
Professora : Daniela
Assunto : Romantismo

Bibliografia: MACEDO, Joaquim Manoel . A moreninha, coleção descobrindo os clássicos. Rio de Janeiro, 2000. 3ª tiragem. (Record)